O TRE-RS, através da Comissão de Combate a Desinformação, realizou na quinta-feira (6), a primeira etapa do Seminário promovido pela Comissão de Combate à Desinformação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.

O presidente do TRE-RS, desembargador André Luiz Planella Villarinho, fez a abertura destacando a importância do tema para a lisura das eleições e frisando o papel da imprensa: “Através dos veículos de comunicação. Rádio, tv e jornal, é o modo como o eleitor deverá ser orientado e esclarecido sobre a verdade da urna, sobre a sua inviolabilidade. O propósito do TRE é justamente aproximar a justiça eleitoral do eleitor.”

O secretário Judiciário, Rogério Vargas, apresentou um pouco de sua experiência nas diversas eleições que já atuou, destacando as peculiaridades das eleições brasileiras quando comparadas ao cenário internacional. Destacou ainda que: “o Brasil tem 148 milhões de eleitores. Nós temos um sistema confiável, seguro e que, antes da meia-noite (do dia da eleição), saberemos a contabilização de 148 milhões de votos.”

O secretário de Tecnologia da Informação, Daniel Wobeto, elencou os inúmeros aspectos que tornam seguras, não só as urnas, como também as eleições como um todo em nosso país. Alertou que as chamadas fake news, não buscam estabelecer um debate para o aprimoramento da democracia, mas sim atacá-la através de um ataque à justiça eleitoral. Segundo ele: “Além dos desavisados, temos ainda aqueles que, visando autopromoção, adotam a narrativa da fraude, embora cientes das fragilidades dos seus argumentos.”

O jornalista Daniel Scola manifestou sua preocupação por ainda existir setores que insistem na polêmica sobre uma suposta ineficiência técnica dos meios de votação, quando o que preocupa o país são questões políticas bem mais complexas e urgentes no processo eleitoral de forma mais ampla. Em sua opinião o fenômeno na desinformação é algo que tende a enfraquecer ao longo do tempo: “Assim como a sociedade será imunizada depois de um processo traumático de pandemia, vamos criar a imunização também para a fake news”.

A jornalista Mauren Xavier também acredita que boa parte do crescimento das fake news sobre a lisura das eleições se deve a tentativa de criar uma “cortina de fumaça” para evitar debater questões mais complexas e efetivas da democracia. Lembrou ainda que o fenômeno não é novo: “as fake news não nascem por nada. Elas têm objetivo. Hoje elas têm esse nome, mas não nasceu ontem.”

O seminário foi conduzido pelo assessor de Comunicação do TRE-RS, Cleber Moreira, que, num segundo momento, abriu a possibilidade de perguntas entre os participantes, os quais também puderam responder algumas questões enviadas pelo internautas.

Além deste tema, ainda serão realizados outros debates até o primeiro turno das as Eleições 2020 (15 de novembro), com temas a serem definidos.

A íntegra do Seminário estará disponível no Canal do TRE Gaúcho no Youtube.

Texto: Daniel Campos
Supervisão: Jefferson Wilson
Coordenação: Cleber Moreira